RESUMO
O presente estudo teve como objetivo identificar a prevalência de indivíduos que praticam atividade física com dores nas costas e a prevalência de dores nas costas em cada modalidade de atividade física praticada por adultos. Foram utilizadas as informações dos indivíduos selecionados para responder o questionário individual da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). A amostra do presente estudo foi composta 15043 indivíduos, com faixa de idade entre 18 e 59 anos de idade, praticantes de atividades físicas, que responderam todas as questões selecionadas. A análise estatística dos dados foi realizada de maneira descritiva, para análise da prevalência de indivíduos adultos ativos fisicamente com dores nas costas e, ainda, entre os praticantes de cada modalidade de atividade física relatada, com as respectivas frequências e intervalos de confiança. Nos resultados foram apresentados valores de 2055 (15,9%) indivíduos adultos praticantes de atividade física com dores nas costas. A prevalência em mulheres (19,6%) e em adultos de meia idade (24,2%) tende a ser maior que em homens (12,0%) e em adultos mais jovens (12,6%), respectivamente. A caminhada foi a atividade mais procurada e a prevalência de dores foi de 20,3%. Outras atividades que podem trazer benefícios às dores nas costas apresentaram prevalências consideradas altas, possivelmente por serem procuradas para fazerem parte do tratamento. Por modalidades específicas de atividade física, os valores de prevalência de dores nas costas são variados quando a população é dividida em grupos por sexo e idade. Entretanto, não é possível estabelecer uma relação de causalidade entre estas atividades físicas e a dor nas costas devido limitações dos dados coletados. Os valores das prevalências observados neste estudo devem ser considerados importantes para reflexões acerca de atividades físicas adequadas e à prescrição e controle de exercícios. (AU)
The present study aimed to identify the prevalence of individuals who practice physical activity with back pain and the prevalence of back pain in each type physical activity practiced by adults. Individuals selected to answer the individual questionnaire from the National Health Survey (PNS) were part of the study. The sample consisted of 15043 individuals, aged between 18 and 59 years old, who practice physical activities, who answered all selected questions. The statistical analysis of the data was performed descriptively for the prevalences, with frequencies and confidence intervals, of adult individuals physically active with back pain and, also, among the practitioners of each type of physical activity reported.The results showed values for 2055 (15.9%) adult individuals physically active with back pain. The prevalence in women (19.6%) and middle-aged adults (24.2%) tends to be higher than in men (12.0%) and in younger adults (12.6%), respectively. Walking was the most sought after activity and the prevalence among practitioners was 20.3%. Other activities that can bring benefits to back pain had prevalences considered high possibly because they were sought as part of the treatment. By specific modalities of physical activity, the prevalence values of back pain are varied when the population is divided into groups by sex and age. However, a causal relationship is not possible between these physical activities and back pain due to limitations of the data collected. The pr evalence values found should be considered of concern, mainly for the indication of adequate physical activity and the prescription and control of exercises. The prevalence values observed in this study should be considered important for reflections on adequate physical activities a nd the prescription and control of exercises. (AU)